Apego a bens materiais sinaliza autoestima em baixa
Crianças e adolescentes são mais vulneráveis ao mal
Por Minha Vida Publicado em 21/3/2011
Ter uma vida confortável e sem preocupações financeiras é um desejo quase universal. No entanto, a vontade exacerbada em ter roupas de grife, equipamentos eletrônicos de última geração, produtos e serviços caros e luxuosos não segue a mesma lógica e podem sinalizar um problema:autoestima em baixa. O mal da sociedade moderna, em que o status é valorizado pelo consumo e exclusividade, atinge principalmente crianças e adolescentes, segundo estudo feito nos Estados Unidos.
De acordo com os estudiosos, a autoestima é um fator essencial no apego aos bens materiais. Crianças e jovens com baixa autoestima valorizam suas posses muito mais que as crianças confiantes. "Possuir coisas é um amuleto no reforço da autoestima. Os bens materiais ajudam a neutralizar a ansiedade e as inseguranças que sofremos em diferentes graus no dia a dia. Quanto mais temos, desencadeamos nas pessoas sentimentos que misturam admiração e inveja. E este é o componente principal do narcisismo", explica o psicólogo e psicanalista Claudio Vital.
Valores invertidos
O estudo aponta que o apego a bens materiais, como ursinhos de pelúcia, dinheiro e artigos esportivos, é mais valorizado que estar com os amigos, ter sucesso nos esportes ou ajudar o próximo, entre as faixas de 8 a 9 anos e 12 e 13 anos, mas cai a apartir dos 14 anos, quando os motivos para a diminuição da autoestima estão mais relacionados ao período de transformações do corpo e valorização social entre amigos. "Um indivíduo que consegue ter sucesso passa a ser visto como alguém com capacidade superior e por isso ganha o respeito do grupo. Assim, os bens se tornaram a base para a aprovação e para a autoestima", analisa Claudio Vital.
De acordo com o profissional, este comportamento explica o motivo para que tantas pessoas busquem desesperadamente mostrar sinais de riqueza aos outros, ainda que não possuam recursos. Segundo o médico, o comportamento demonstra pouco desenvolvimento pessoal e imaturidade.
O estudo aponta que o apego a bens materiais, como ursinhos de pelúcia, dinheiro e artigos esportivos, é mais valorizado que estar com os amigos, ter sucesso nos esportes ou ajudar o próximo, entre as faixas de 8 a 9 anos e 12 e 13 anos, mas cai a apartir dos 14 anos, quando os motivos para a diminuição da autoestima estão mais relacionados ao período de transformações do corpo e valorização social entre amigos. "Um indivíduo que consegue ter sucesso passa a ser visto como alguém com capacidade superior e por isso ganha o respeito do grupo. Assim, os bens se tornaram a base para a aprovação e para a autoestima", analisa Claudio Vital.
De acordo com o profissional, este comportamento explica o motivo para que tantas pessoas busquem desesperadamente mostrar sinais de riqueza aos outros, ainda que não possuam recursos. Segundo o médico, o comportamento demonstra pouco desenvolvimento pessoal e imaturidade.
Prevenção contra o narcisismo
Especialistas são unânimes em eleger oconsumismo como um dos grandes vilões da vida moderna. Além de instabilidade financeira, o mal pode interferir na saúde psíquica das pessoas, levando os indivíduos a um quadro depressivo. De acordo com Claudio Vital, os cuidados para evitar o dano devem começar ainda na infância. Ensinar as crianças que não podem ter tudo evita que elas venham a se tornar adultos narcisistas.
Segundo o psicanalista, é comum ceder aos caprichos dos filhos e confundir a atitude com amor. No entanto, ele alerta que as crianças, na verdade, pedem atenção e reconhecimento dos pais, ou seja, algo que pode ser dado de forma natural e que não gera gastos. Orientar e demonstrar carinho ajuda a desenvolver a autoconfiança e consequentemente aumenta a autoestima, segundo o profissional. A manutenção do narcisismo das crianças vai refletir na vida adulta. "Educar é a melhor jeito de não formar um adulto arrogante, com ego inflado", finaliza Claudio.
Especialistas são unânimes em eleger oconsumismo como um dos grandes vilões da vida moderna. Além de instabilidade financeira, o mal pode interferir na saúde psíquica das pessoas, levando os indivíduos a um quadro depressivo. De acordo com Claudio Vital, os cuidados para evitar o dano devem começar ainda na infância. Ensinar as crianças que não podem ter tudo evita que elas venham a se tornar adultos narcisistas.
Segundo o psicanalista, é comum ceder aos caprichos dos filhos e confundir a atitude com amor. No entanto, ele alerta que as crianças, na verdade, pedem atenção e reconhecimento dos pais, ou seja, algo que pode ser dado de forma natural e que não gera gastos. Orientar e demonstrar carinho ajuda a desenvolver a autoconfiança e consequentemente aumenta a autoestima, segundo o profissional. A manutenção do narcisismo das crianças vai refletir na vida adulta. "Educar é a melhor jeito de não formar um adulto arrogante, com ego inflado", finaliza Claudio.
Ciúme sinaliza baixa autoestima e pode detonar relacionamentos
Saiba como identificar o inimigo e aprenda a controlar as crises
Por Minha Vida Publicado em 21/3/2011
Após cenas de ciúme, de perseguição e alguns escândalos, o que era para ser um caso de amor ou de companheirismo termina em desentendimento e brigas. Além dessas cenas vivenciadas serem dignas de roteiros de novela, o ciúme é um dos fatores mais comuns que desestabilizam um relacionamento. De acordo com a psicóloga Doralice Lima, este sentimento é comum como a tristeza, a alegria e a raiva, mas pode fugir das barreiras do que seria normal quando ele protagoniza uma relação e se torna patologia. De acordo com a profissional, o ciúmes em exagero nada mais é do que um sinal de que a autoestima está em níveis baixos.
Entenda o vilão
No relacionamento amoroso, a vontade sem limites de querer controlar o parceiro ou parceira, o costume de fantasiar situações e apenas viver em função destas ilusões são alguns dos sintomas do ciúme doentio, motivo que sufoca uma relação e coloca um ponto final ao namoro ou casamento.
"O passado do paciente ciumento em excesso pode contribuir para sua patologia", explica o psiquiatra Maurício Lima. Segundo o profissional, pessoas que já sentiram na pele a infeliz sensação de traição tendem a ser desconfiadas, uma vez que temem que a dor se repita. Além do ciumento sofrer com a situação, ele pode agredir o outro verbalmente, ou até mesmo partir para a agressão física - comportamentos que também ajudam a definir os níveis de compulsão. "Essas pessoas também convivem sempre com a ansiedade, depressão, insegurança, humilhação, culpa, desejo de vingança e, principalmente, uma baixa autoestima", alerta o profissional.
O indivíduo também costuma alimentar de forma nociva o sentimento de posse. Nesse caso, é fundamental notar a diferença entre este comportamento sufocante e o zelo. O segundo trata-se de uma experiência saudável e apenas uma maneira de cuidar.
O indivíduo também costuma alimentar de forma nociva o sentimento de posse. Nesse caso, é fundamental notar a diferença entre este comportamento sufocante e o zelo. O segundo trata-se de uma experiência saudável e apenas uma maneira de cuidar.
Especialistas acreditam que certos ciúmes exagerados também podem estar ligados ao Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). A doença, entre outros sintomas, faz com que a pessoa sempre acredite que esteja sendo traída e procure constantemente constatar se de fato está certa no que pensa.
Entre familiares, o ciúme também teima em aparecer e estragar o que poderia ser uma troca saudável e, em alguns momentos, permeia a rivalidade e o sentimento de inveja. Tal cenário acontece no relacionamento entre irmãos, por exemplo, que buscam posição de destaque e querem a atenção dos pais. "Esse tipo de comportamento pode surgir por volta dos 4 anos de idade ou até antes, quando a criança se sente ameaçada pela chegada de um novo membro na família", explica Doralice.
Entre familiares, o ciúme também teima em aparecer e estragar o que poderia ser uma troca saudável e, em alguns momentos, permeia a rivalidade e o sentimento de inveja. Tal cenário acontece no relacionamento entre irmãos, por exemplo, que buscam posição de destaque e querem a atenção dos pais. "Esse tipo de comportamento pode surgir por volta dos 4 anos de idade ou até antes, quando a criança se sente ameaçada pela chegada de um novo membro na família", explica Doralice.
Fim do pesadelo
A insegurança e a autoestima negativa são características do ciumento em excesso. O parceiro que sofre com ciúmes do outro pode ser fundamental para amenizar o sentimento esclarecendo o problema, apontando as qualidades da pessoa que a tornaram cativante e cultivando a segurança do casal. Quando as tentativas para amenizar o problema entre os dois não derem certo é preciso tentar enxergar a situação longe do banal e procurar ajuda para conseguir mudanças com terapias.
Segundo Doralice, para que os momentos desgostosos sumam do relacionamento amoroso uma alternartiva é a terapia de casal. "Um psicólogo pode fazer uma avaliação subjetiva da pessoa para encontrar maneiras de tratamento e colocar um ponto final ao drama. O terapeuta ajuda os pacientes a se conhecerem melhor", explica. O parceiro ou parceira também pode ajudar neste caso. Entendendo que é uma peça do processo, ele pode perceber quais atitudes aumentam a ciúme do outro e auxiliar na hora de amenizar e até evitar os gatilhos que culminam na crise de ciúmes do parceiro.
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